terça-feira, 22 de julho de 2008

Joe Berardo Vs Mundo (leia-se Jardim Gonçalves)

Joe Berardo é o maior; ele sempre que pode aposta e aposta em grande ( porque pode e deixam) aqui deixo mais uma jogada ( que acho fenomenal porque o homem sempre que pode ganhar a custa dos outros não perde tempo, chiba-se todo) sem bluff's do nosso benfiquista; e pessoal do contenente Fóque íu...

Joe Berardo, accionista do Banco Comercial Português (BCP) e membro dos órgãos sociais, vai processar judicialmente as anteriores administrações da instituição financeira presididas pelo ex-CEO Jorge Jardim Gonçalves, acção que dará entrada nos tribunais em Setembro. Com cerca de 5,5 por cento do capital do BCP, Berardo anunciou que vai reclamar uma indemnização global acima de 700 milhões de euros.Em declarações à SIC Notícias, sexta-feira, o investidor revelou que deu instruções ao seu advogado para avançar com uma queixa-crime contra os ex-administradores do BCP, que acusa de terem praticado um conjunto de ilegalidades que prejudicaram o valor patrimonial do maior banco privado português. Desde o início do ano o BCP sofreu uma desvalorização de sete mil milhões de euros. Já o património bolsista de Berardo, segundo o Expresso, perdeu 440 milhões de euros. O líder da comissão de remunerações do BCP afirmou que, mais do que "negligência ou concessão de crédito de risco", o que as anteriores equipas de gestão "fizeram foi aldrabice", pelo que devem ser responsabilizadas. No entanto, não esclareceu se, para além de Jardim, vai reclamar compensações de todos os ex-executivos do banco (Filipe Pinhal, Alípio Dias, Cristopher Beck, António Rodrigues, Francisco Lacerda, Castro Henriques, Bastos Gomes), ou apenas de parte deles. Berardo comparou ainda Jardim Gonçalves a Salazar, sublinhando que "ambos começaram por fazer um bom trabalho, mas não souberam sair pela porta grande". O BCP tem um seguro de responsabilidade civil do grupo AIG que cobre prejuízos causados aos accionistas, clientes ou colaboradores por actos realizados pelos seus executivos (incluindo os anteriores), no quadro do exercício das suas funções. Se um investidor entender que a gestão actuou danificando o valor patrimonial da instituição e reclamar uma indemnização, o seguro responsabilizar-se-á até ao capital de 50,28 milhões de euros. O ilícito não tem que ser realizado para proveito próprio do gestor. O seguro custa ao BCP anualmente cerca de cinco milhões de euros e exclui situações de dolo, pagamentos de multas ou coimas aplicadas pelos órgãos reguladores. No último ano, Berardo destacou-se a chamar a atenção das autoridades para um conjunto de ilicitudes que considera terem sido cometidas pelos ex-gestores do BCP. As denúncias justificaram a abertura de inquirições por parte dos supervisores bancário e bolsista e já resultaram em contra-ordenações graves. Desde Janeiro o BCP, de que Berardo é accionista, perdeu mais de metade do seu valor.

In Público 21/07/08